Durante muito tempo da minha vida, fui conduzida por orientações sempre externas... ora pelos pais... ora pelo marido... Apesar da idade cronológica seguir naturalmente, me sentia como uma menina um tanto quanto assustada, que seguia sem perceber que estava crescendo e aquirindo capacidade para gerenciar a própria vida...

E assim dei o primeiro passo rumo a idade adulta, entrando num casamento, cheia de expectativas românticas e sem maturidade suficiente para compreender a grandeza daquele passo... e segui, apenas dizendo 'sins', que me agrediam as vezes, mas evitavam brigas (pois o lado de lá, nao estava acostumado e não aceitava jamais ser contrariado)... e sem coragem de dizer os 'nãos' necessários ao ajuste saudável dos limites de cada um...

E a vida seguiu e essa condição de opressão foi se tornando insuportável...E foi o primeiro NÃO de grande porte que fui capaz de pronunciar... não ao domínio, ao descaso, ao desrespeito, à ausencia e à todo aquele universo errante que me sufocava e fazia sofrer.

Primeira condição de ajuste: "Antes de posicionar pessoas é preciso que se aprenda a posicionar a si próprio!"... E foi o que fiz, me posicionei, me reestruturei e sigo... O processo é lento, estimo que atinja os 10 anos para se consolidar. Entretanto o vínculo ja se rompeu a muito tempo... e as custas de muitos e firmes NÃOs ao longo dos anos... e lá se foram 7 anos e o que tenho a dizer é que considero satisfatório o resultado até esse momento. Ciclo quase concluído, mas ja bem sucedido... Feliz!!

Agora, entretanto, inicia-se uma nova fase: o posicionamento dos que chegam nessa minha nova vida. Confesso que me atrapalhei a princípio, exatamente por jamais ter sido orientada em como posicionar pessoas. Jamais me ensinaram que eu poderia dizer NAO, e que nao seria má ou menos amada por isso... e que esse NÃO é válido e meu bom senso sempre o usará em legítima defesa, na maioria das vezes em que for necessário!!!

Hoje me sinto confortável com esse aprendizado, pois observei que a grande maioria das pessoas, aje em interesse próprio e as vezes o sentimento que se imagina ser "de base" é muito menos ou de natureza totalmente adversa da expectativa inicial... e são esses que eventualmente ouvem meus 'NÃOS' categóricos... porém serenos... pq são muito meus e irei usar sempre que preciso for!!

Me sinto feliz em ter em minha vida, pessoas adequadas ao meu interior, que me acompanham de diversas maneiras, sem me agredir. Que me aceitam e admiram apesar dos meus 'sins' e 'nãos'. Pessoas com as quais me desentendo até, mas por motivos externos, que o interno sempre permite cnciliar e aprender.... e crescer sempre!!

E eu sei que o mérito é meu em nao ter mais medo de impor limites e assim posicionar pessoas e coisas e aceitar que as vezes, estes limites nao serão aceitos e serão um ponto final. É parte do processo respeitar o não do lado de la... mas seja como for isso gera um processo limpo, transparente e extremamente coerente nos relacionamentos, sejam da natureza que for.

Posso descrever meu aprendizado em algumas palavras:

Eu permito que fique, desde que... Eu aceito ficar, enquanto valer o que combinamos...

Ou seja... cartas na mesa, essas são as condições de ambos os lados... são os limites... e como diz sabiamente o ditado "O combinado não é caro!!"

Bjos à todos que sempre passam por aqui.

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